quinta-feira, 24 de julho de 2014

Retrocesso Na Política Ambiental


A Austrália está entre os países com maior índice de poluição e tinha em vigor desde 2010 a cobrança de uma taxa de carbono.
A taxa vigorou apenas dois anos, no âmbito das politicas ambientais de Julie Gillard, e foi abolida pelo Senado australiano esta semana.
A taxa implicava para a indústria que emitissem mais do que 25000 toneladas de dióxido de carbono por ano o pagamento de 16.00 € por tonelada de CO2 emitida.
As queixas da indústria, designadamente as empresas de mineração (setor importante da economia da Austrália) fizeram-se sentir, invocando a asfixia da economia, pressionando a queda daquela medida ambiental.


De salientar que a Austrália assumiu, internacionalmente, um compromisso voluntário de reduzir em 5% as suas emissões até 2020, em relação a 2000 e com a promessa de 25% , se houver um acordo climático global repartindo os esforços por todos os países.
O que significa que foi um grande retrocesso no caminho a seguir pelos ambientalistas.
Esta semana o interesse global que envolve a proteção do ambiente cedeu face aos interesses individuais de cada pais, em nome da economia.
Esta decisão foi objeto de comentário da Comissaria Europeia para Ação Climática - Connie Hedegaard, «A União Europeia lamenta a abolição do mecanismo australiano de preço de carbono, num momento em que novos mecanismos estão a surgir em todo o mundo».

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